quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Sabe como surgiu Ninho da Coruja?

Com o nascimento do meu primeiro filho, em 2005, surgiu também um hobby, fraldas de pano e slings.

As possibilidades de slings existente em 2005/2006 eram bem limitadas e de fraldas de pano modernas inexistentes no Brasil.
Quando usei fraldas de pano com ele ainda eram das calças plasticas com fraldas quadradas comuns.
Os slings usavam argolas com solda, existindo sempre um risco, ainda não conhecido por mim, de rasgar.

Incentivada por uma amiga fabricante de slings decidi que faria meu primeiro sling para o bebê que carregava no meu ventre, usando uma argola importada, própria para slings.
Com o nascimento de minha segunda filha, em 2008 veio a decisão definitiva de ficar junto deles nos seus primeiros anos de vida e assim trabalhar em casa.

Em 2009 nasceu Ninho da Coruja, transformando um hobby num projeto!
Assim começou a venda de slings e os testes com as fraldas de pano.

Experimentando fraldas de pano modernas trazidas por uma amiga dos EUA descobri possibilidades antes não imaginadas por mim e muitas ideias para testar!!
E junto com esta amiga surgiu a ideia de encontros para compartilharmos nossas experiencias, mostrar as fraldas que existiam e vender as fraldas que não nos serviam mais criando um ciclo mais ecológico que o descarte. E foi assim que começaram as primeiras fraldadas!

Sempre levei as coisas devagar, para trabalhar e ter bastante tempo disponível com as crianças.
Em 2012 nossa vida teve muitas mudanças, inclusive o nascimento do terceiro filho, precisava expandir, precisava trabalhar mais para vender mais, nisto surgiu a necessidade de um site...

Desde que comecei trabalho com muito carinho, fazendo produtos com o coração cheio de energias positivas que são levados para outros lares, usados por outras pessoas!!
Para mim o mais importante é a satisfação de quem compra e eu só faço produtos nos quais acredito, todos experimentados, testados e aprovados!

Eu faço carregadores (Slings, Wraps e Pouchs) porque acredita que lugar de criança é no colo, com proximidade física dos pais, principalmente nos primeiros meses de vida, mas não só neles.

Eu faço fraldas de pano porque acredito que são melhor para o bebê, melhor para saúde, deixando menos produtos químicos em contato com a pele, além de serem alternativas ecológicas que diminui a geração de lixo.

Eu faço absorventes femininos, porque tive alergia aos descartáveis e sei que assim como eu muitas mulheres passam por esta mesma dificuldade.

Eu faço sling e pouch de brinquedo porque meu filho queria carregar os brinquedos como eu carregava sua irmã.
Eu faço fraldas para bonecas porque minha filha queria trocar fraldas de pano como eu fazia com o irmão.
Eu faço bonecas(os) e roupinhas para bonecas, porque acredito que criança tem que brincar, imitar os pais e aprender a cuidar e aconchegar desde pequenos.
E acredito que plastico algum trará a energia que coloco no que crio com as mãos e é esta energia que quero levar para as crianças, a energia de uma mãe trabalhando com amor e por amor.

Faço também acessórios que ajudam na rotina com as fraldas de pano: saco para fraldas e roupas sujas, lencinhos de limpeza entre outros, porque senti que me ajudaram e quero compartilhar com os outros tudo que acho que é bom.

E foi assim que Ninho da Coruja se criou e se cria a cada venda, a cada retorno, a cada elogio e sugestões.

Raquel Hönig
mãe empreendedora


publicado originalmente em Ninho da Coruja

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

SMAM 2015: “Amamentação e Trabalho: Para dar certo, o compromisso é de todos”

Este ano o tema da Semana Mundial de Amamentação é “Amamentação e Trabalho: Para dar certo, o compromisso é de todos”

Então vou falar da minha experiência.



Não tenho experiência com amamentar e trabalhar fora, mas quando tive o Elias eu ainda estudava e esta experiência me motivou muito a optar por trabalhar em casa.

Ele nasceu em Dezembro, em Fevereiro voltavam às aulas, me matriculei em poucas matérias, e tentei ir às aulas com ele. Tive a sorte de os professores das matérias que escolhi terem sido receptivos, mas os alunos, meus colegas, não foram, acabei desistindo por hora e decidi trancar a faculdade por um ano.

Voltei quando ele tinha um ano e pouco, ainda mamava, mas já comia e poderia ficar sem mamar na minha ausência. Conseguimos conciliar os meus horários com o do meu marido e eu optei por fazer poucas matérias para sempre um de nós estar com ele.

Decidimos ter um segundo filho e ao mesmo tempo precisei procurar uma escolhinha para o Elias, já que os horários das matéria não coincidiam mais com os horários vagos do meu marido, que trabalhava.

Todo mundo que já procurou escola para um bebê sabe das dificuldades e assim pensei nos estágios que já tinha feito, nas opções de empregos que me esperavam, do meu futuro bebê ter que ir para uma escola a não ter a mãe por perto como o Elias estava tendo. Vi que não era aquilo que queria para minha vida, para os meus filhos.

Assim junto com a confirmação da gestação veio a decisão de largar a faculdade e fazer o que eu gostava de fazer ser uma fonte de renda. Assim surgiu Ninho da Coruja, logo depois do nascimento da Sarah.

Com a Sarah pude amamentar tranquila, tinha acabado de começar com as vendas e conseguia estar com ela mais do que trabalhar.

Uns anos mais tarde veio o Nathan, eu já estava trabalhando bastante, a renda que gerava era significativa para a renda familiar.

A vantagem de se trabalhar para você mesma é decidir seus horários, estar em casa perto dos filhos; a desvantagem é que não tem licença maternidade, não trabalhou, não ganhou.
Assim tive que voltar a trabalhar quando ele tinha 20 dias.

Tentava trabalhar apenas quando ele estava dormindo, mas muitas vezes costurei com ele mamando. Eu não gosto disto, acho que o ideal é darmos atenção enquanto eles mamam, estar centrada neles, mas nem sempre o que acontece conosco é o ideal.
Trabalhar em casa contribuiu para eu conseguir amamentar meus filhos além dos dois anos, amamentar em livre demanda e exclusivo por mais de 6 meses.


O ideal seria conseguirmos ficar com os nossos filhos nos primeiros anos, sem precisar trabalhar, para amamentar tranquilamente, mas nem sempre isto é possível, então para trabalhar e amamentar precisamos de apoio, não só de quem está perto, este compromisso deve ser de todos, das famílias, das empresas, das escolas, porque só assim conseguiremos que amamentar e trabalhar seja uma realidade de todos!

publicado originalmente em Ninho da Coruja